O Think Tank - Serviço Europeu de Investigação Parlamentar - que ajuda e definir a nova legislação da UE, publicou recentemente um documento reflexivo, com este título, sobre os principais obstáculos à produção de carne e apontando a proteína microbiana como possível alternativa sustentável.

O consumo de carne aumentou exponencialmente nos últimos 50 anos, tendo duplicado desde 1990 e quadruplicado desde 1960. Mundialmente, consomem-se cerca de 350 milhões de toneladas de carne por ano, a maioria na Europa, Austrália e América do Norte. Porém, um dos grandes desafios globais da atualidade é a insegurança alimentar, resultante de mudanças climáticas e de conflitos. Paralelamente, verifica-se uma consciencialização crescente com bem-estar animal e com o impacto da produção animal na degradação ambiental.

Várias alternativas à carne têm surgido, como os produtos à base de soja e, mais recentemente, à base de insetos, ambos recebidos com bastante cautela por parte dos consumidores. A proteína microbiana, ou seja, biomassa proteica derivada de bactérias, leveduras, fungos filamentosos e algas microscópicas, pode ser uma solução alternativa viável. O conceito de comer proteína microbiana está amplamente difundido dado que a cerveja, o pão, o iogurte e o queijo, por exemplo, são produzidos com fungos e bactérias. Ao que parece, a 'carne' microbiana pode contribuir para reverter as mudanças climáticas, proteger o bem-estar animal e responder a as necessidades de uma população mundial em crescimento.

O documento do Think Tank, levanta também algumas questões e possibilidades relacionadas com  a tecnologia, a energia necessária para a produção em grande escala de proteína microbiana, a legislação e os hábitos de consumo, entre outros. Consulte aqui o documento integral em inglês.

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2022-07-08