O Observatório das Dinâmicas Regionais da CCDR Algarve entendeu assim, para além de actualizar os comentários efectuados com base na informação contida nos Resultados Preliminares, abordar e comentar, naturalmente de forma muito sintética, a informação complementar, mais desagregada, disponibilizada nos Resultados Provisórios.

Em termos muito gerais, poder-se-á verificar que, na Região do Algarve e nos últimos 10 anos: 

  1. O número de edifícios conheceu um aumento de 23,9% (de 160.543 em 2001, para 198.860 em 2011), o que representa um crescimento percentual quase duas vezes superior ao valor nacional (12,1%).
  2. Com excepção do município de Monchique, todos os restantes tiveram um crescimento do número de edifícios superior à média do país, sendo de destacar, em particular, os crescimentos percentuais nos municípios de Albufeira (40,6%), Lagos (33,1%) e Vila do Bispo (30,3%).
  3. A dinâmica construtiva na Região é particularmente notada na observação da época de construção dos edifícios. A percentagem de edifícios construídos na Região do Algarve na última década (2001-2011) corresponde a 18,2% do total de edifícios (o valor para o País é de 12,1%); e em sete dos dezasseis municípios da Região, mais de 20% do total dos edifícios existentes foram construídos apenas nos últimos 10 anos.
  4. O número de alojamentos familiares clássicos aumentou de 276.093 (em 2001) para (377.394 em 2011) – um aumento em termos absolutos de 101.301 alojamentos –, o que corresponde a um crescimento de 36,7% em dez anos. Este valor é mais do que duas vezes superior ao valor para o total do país (16,7%).
  5. Com excepção do município de Monchique (que apresenta um crescimento do número de alojamentos de 5,2%), todos os restantes apresentam crescimentos muito superiores ao valor para o País, destacando-se claramente os municípios de Portimão (com um crescimento de 54,4%), Tavira (51,9%), Albufeira (46,3%), Lagos (43,9%) e V. R. de Santo António (42,0%).
  6. A percentagem de alojamentos para residência habitual é de 47,4% – sendo o Algarve a única região do País onde a mesma é inferior a 50% –; enquanto o alojamento para uso sazonal constitui 39,4% do total de alojamentos, sendo que os restantes 13,2% são alojamentos vagos (no mercado).
  7. Em termos absolutos, o número de alojamentos para uso sazonal no Algarve passou de 106.195 (2001) para 149.127 (em 2011). Em 10 anos, houve um aumento de 42.939 alojamentos sazonais – o que corresponde a uma crescimento de 40,4% –, claramente superior ao aumento de alojamentos de residência habitual – 35.251 em 10 anos (24,5%). O número de alojamentos vagos (no mercado) cresceu de 25.858 (em 2001) para 49.743 (em 2011), o que corresponde a um aumento de 92,4%.
  8. Nos municípios de Castro Marim e Albufeira, o alojamento sazonal é superior a 50% do total de alojamentos (respectivamente, 58,9% e 50,2%), enquanto em dez dos restantes 14 municípios o alojamento sazonal situa-se entre os 40 e os 50% do total de alojamentos.
  9. Nos municípios de Tavira, Portimão e Castro Marim, o alojamento sazonal conheceu crescimentos muito elevados (respectivamente, 94%, 77% e 66%). 


Para mais informação, consultar a Apreciação dos Resultados Provisórios dos Censos 2011.

2012-02-08