No princípio do corrente ano, alertámos para a situação de seca excepcional que já então se anunciava e afirmámos que, face à água disponível nas barragens, o Algarve não teria falta de água para os consumos essenciais. Essa atitude tinha por referência, nessa altura, os consumos do ano anterior e uma expectativa de poupança, pelo menos de combate ao desperdício, que se esperava eficaz.

Decorrido o 1º. semestre de 2005, verifica-se que o nível das nossas barragens (Bravura, Funcho, Arade, Odeleite e Beliche) desceu drasticamente, tal como o dos principais aquíferos com destaque para o Querença - Silves.

A 2ª quinzena de Julho e todo o mês de Agosto, ou seja as próximas seis semanas, são, por norma, de elevados consumos.

Assim, temos, nesta ocasião, o dever de renovar o apelo a todos para um enorme esforço de redução dos consumos.

Se cada um de nós, nas famílias, nas empresas, nas autarquias, for capaz de reduzir o consumo, teremos a água necessária aos usos prioritários.

Este esforço é absolutamente necessário, também pelo facto de não haver quaisquer garantias de que em Outubro comece a chover.

Apelamos a todos para uma atitude cada vez mais responsável.

Desejamos que todos passem férias em tranquilidade na nossa região.

Apelamos vivamente a um esforço de poupança, para que o consumo essencial se possa assegurar.

Faro, 15 de Julho de 2005

José Campos Correia, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve
José Macário Correia, Junta Metropolitana do Algarve
Artur Ribeiro, Águas do Algarve, SA
2005-07-18