Os sistemas de educação e formação podem e devem desempenhar um papel importante para tornar as sociedades europeias mais justas, inclusivas e prósperas. A educação pode reforçar a coesão social e tornar a economia da UE mais resiliente: a investigação mostra que o acesso das crianças e dos jovens de grupos com baixos rendimentos a uma educação de qualidade contribui para combater o desemprego e quebrar a transmissão intergeracional da pobreza. No entanto, estes objetivos só podem ser alcançados se os sistemas de educação e formação forem verdadeiramente equitativos e inclusivos.

As escolas devem assegurar que todos os alunos têm a oportunidade de ter sucesso e alcançar o seu potencial, independentemente das suas características pessoais e do seu contexto familiar, cultural e socioeconómico. Tal reflete-se nos princípios 1 e 11 do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. Neste contexto, foi ontem publicada uma proposta de recomendação do Conselho  os “percursos para o sucesso escolar” (COM(2022) 316 final), que estabelece um conjunto de medidas políticas concretas para combater o abandono escolar precoce e melhorar o domínio das competências básicas (leitura, matemática e ciências) dos jovens até aos 15 anos de idade, em particular aqueles provenientes de meios socioeconómicos mais desfavorecidos.

Estas medidas estão relacionadas com as necessidades dos alunos, professores e formadores, escolas e sistemas educativos e ainda de monitorização, intervenção e compensação, com ênfase na prevenção e intervenção precoce. A proposta apela também a uma maior atenção ao bem-estar escolar, que tem um impacto significativo nos resultados e é uma componente essencial do sucesso escolar. Mais informações no comunicado de imprensa, nesta página e nestas duas fichas informativas.

Ainda a respeito de resultados escolares, está disponível relatório Melhorar os resultados da aprendizagem e a motivação no domínio da matemática e das ciências nas escolas recentemente publicado pela rede Eurydice da Comissão. Este reúne dados relativos a 39 sistemas de educação europeus e à avaliação dos estudantes e demonstrando que muitos alunos da UE não atingem os níveis de base em matemática e ciências. A origem socioeconómica dos estudantes continua a influenciar os resultados obtidos e destacam a importância de alocar tempo de instrução suficiente, proporcionar apoio à aprendizagem, quando necessária, garantir formação especializada aos professores e acompanhamento sistemático do desempenho dos alunos. São fornecidos vários exemplos sobre como os currículos de matemática e ciências podem fomentar a reflexão e se relacionar com a vida dos alunos. O relatório está disponível em inglês aqui.

Notícias
2022-07-01